O mercado digital é um oceano de oportunidade de todos os tipos em que os empreendedores (incluindo os de impacto) estão mergulhando cada vez mais profundamente em busca de desenvolver suas ideias e concretizar suas soluções. 

Tudo nesse ambiente aparenta ser mais simples, desde a conexão com seu cliente até a venda do seu serviço ou produto. Mas até chegar o momento de colher os louros, há um caminho longo de ideação, teste, avaliação, validação, planejamento. E isso inclui a fase essencial da definição do modelo de monetização.

De forma muito objetiva, os modelos de monetização são as formas como um negócio vai gerar receita. Existem diversas opções e, para escolher a ideal para cada solução, é importante conhecer o mercado em que está inserido, qual o seu público, em que formato é entregue (digital, físico, curto ou longo prazo, em módulos etc.), qual valor será cobrado e outros aspectos relacionados ao comportamento do consumidor e a demanda do mercado.

Para ajudar você nesta busca, selecionamos 5 modelos de monetização que mais nos chamaram a atenção atualmente. Confira!

 

1) Micropagamentos

Micropagamentos são pequenos valores cobrados por acessos de curto período, liberação de ferramentas em softwares e aplicativos, visualização de conteúdo específico etc. Esse formato pode ser aplicado nos mais diversos setores, desde serviços de transportes até entretenimento e fortalece o poder de decisão do consumidor, uma vez que ele pode escolher adquirir apenas o que lhe interessa realmente (como por exemplo, pagar para ler um artigo ao invés de assinar um jornal).

 

2) Monetização a partir de dados

Dados amontoados em uma pastinha não adiantam e não farão nada pelo seu negócio. Quando há um tratamento e uma análise, eles ganham forma e podem ser utilizados em estratégia, novas ideias, mapas comportamentais, compreensão de público, de mercado…São inúmeras possibilidades.

Se parte da sua solução capta dados do consumidor, você pode gerar produtos ou serviços com base nessa informação para um determinado perfil de cliente. 

Vamos imaginar o caso de uma plataforma de cadastro de currículos, um serviço muito conhecido pelo mercado. Ali são captados dados de escolaridade, especialização, faixa etária, processos seletivos que o candidato participou, comportamento do usuário na plataforma. A partir aí é possível gerar: estudos comportamentais para distribuição no mercado, pesquisas com públicos específicos e muitos outros produtos.

Perceba, não é a venda os dados que vai gerar renda, mas a transformação deles em informação relevante. Neste modelo é essencial que o usuário/cliente que usa a plataforma esteja ciente e de acordo com os tipos de utilização que serão realizados com seus dados.

 

3) Soft e hard currency (moedas virtuais)

Quem diria que moedinhas virtuais seriam rentáveis? E nem estamos falando de criptomoedas! Muito conhecida no mundo dos games, o soft e o hard currency são moedas virtuais obtidas em aplicativos ou jogos para trocar por recompensas. O soft currency são aquelas que você obtém fazendo alguma ação no app (assistir um vídeo, jogar por um determinado tempo, finalizar uma missão) e o hard currency é o que você precisa comprar no mundo real para utilizar. Com o aumento de soluções que usam a gamificação, esse pode ser um modelo interessante de geração de renda.

 

4) SAAS – Software as a Service (Software como serviço)

Por muito tempo os softwares foram vendidos no modelo de compra de licença única, ou seja, o usuário comprava o pacote e poderia usar por tempo indeterminado. Isso não era vantajoso nem para o usuário (que adquiria o sistema por um valor muito alto), nem para o fornecedor (que tinha seu produto atrelado a um alto custo e atingia um mercado menor).

Com o aumento da disponibilidade de internet e da utilização da nuvem, surge uma alternativa: o software como serviço (SAAS), modelo no qual o sistema fica armazenado em nuvem (acesso online) e o usuário paga um determinado valor para usá-lo por um período. Esse modelo ajuda o usuário a adquirir apenas o que precisa e o desenvolvedor a oferecer pacotes (um ou mais softwares em uma assinatura) e assinaturas por tempo determinado (mensal, semestral, anual etc.). 

 

5) Publicidade

Pode parecer óbvio, mas a publicidade em geral é vista como uma ferramenta para venda, para atrair clientes. É um investimento, mas pode ser também a sua geração de renda. No caso do online, criação de conteúdo direcionado, publiposts e banners de anúncio são os mais conhecidos. 

Para ficar mais claro: imagine que sua solução é uma plataforma de conteúdo educacional e possui um portal de conteúdo. Neste canal você pode monetizar no portal com banners nas páginas, textos patrocinados, conteúdos com parcerias e citações. O importante aqui é sempre garantir que os valores dos parceiros sejam os mesmos da sua empresa.

 

E agora, qual escolher?

Você não precisa escolher apenas um modelo de monetização para o seu negócio. É possível (e indicado) fazer um mix desses formatos, em pontos de contato diferentes. Um exemplo simples: um jogo online pode cobrar um valor mensal para acesso do usuário e ter dentro do jogo soft e hard currency. 

Existem diversos outros modelos de monetizar produtos e serviços (esse texto de 2020 da Pipe.Social aponta mais alguns bacanas) e todos os dias as opções aumentam por conta da constante evolução do mercado. Por isso, você precisa estar sempre atento às mudanças e movimentações do mercado para aproveitar todas as oportunidades.