Fintechs devem tornar o acesso a crédito mais rápido e barato; startups podem se inscrever na consulta pública até 15 de março
Nesta quarta-feira, 17, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o SEBRAE em Brasília, lançaram um edital de consulta pública para selecionar fintechs que irão ajudar o banco de fomento a conceder crédito rápido e barato a micro e pequenas empresas, além de prestação de serviços financeiros. O objetivo é reduzir os juros cobrados e o excesso de burocracia, dois obstáculos com que empresas menores se deparam para obter de crédito.
O acordo pretende desembolsar R$ 6 bilhões para cerca de 280 mil negócios em dois anos. Destes, 150 mil serão microempreendedores individuais (MEIs), 90 mil microempresas e 40 mil empresas de pequeno porte.
O projeto piloto deve acontecer em 30 dias, em em São Paulo, nas favelas de Paraisópolis e Heliópolis, em parceria com a Desenvolve SP, agência de fomento paulista. O novo modelo passará por um teste no atendimento aos comerciantes das duas grandes comunidades paulistanas.
Consulta pública
O edital permitirá que o banco de fomento conheça melhor o universo das fintechs no Brasil. Por meio dele, selecionará startups em quatro segmentos:
- Educação financeira;
- Serviços de análise de crédito;
- Matching de soluções financeira;
- Leilões reversos.
Até 15 de março, o BNDES selecionará fintechs para passar pelo teste piloto. As empresas devem ser constituídas legalmente no Brasil e a ferramenta oferecida deve estar disponível no mercado há pelo menos um ano. Após essa fase, será discutido um modelo de negócios entre o BNDES e as fintechs.
Pequenas empresas resistem a buscar empréstimos bancários
Segundo levantamento do Sebrae, em 2016, 83% das pequenas empresas não recorreram a empréstimos bancários. Este número é quase 10% maior do que em 2015. Para 47% dos empresários, a redução nas taxas de juros seria a melhor solução para facilitar a aquisição de financiamentos. A diminuição da burocracia é apontada como sugestão para 27%. O acordo entre o BNDES e o Sebrae e a parceria com as fintechs pode ser outro meio de se reverter esta queda.
Com informações do Valor, DCI e IstoÉ Dinheiro e Agência Brasil.
Foto: O diretor de Áreas de Operações do BNDES, Ricardo Ramos,e o presidente do Sebrae, Afif Domingos f
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