Relatório detalha o perfil das startups e empreendedores de tecnologias limpas
Elas fazem mais com menos, são menos poluentes e possuem modelos de negócios rentáveis. As startups que atendem a esses critérios são as chamadas cleantechs. Empresas que oferecem soluções baseadas em inovações tecnológicas sustentáveis, ou “limpas”. O termo tem se tornado cada vez mais conhecido e sempre surgem novas startups que se encaixam na definição. Mas quem são os empreendedores que atuam nesse setor no Brasil? É essa pergunta que o estudo Impactos do Ecossistema de Startups no Setor Elétrico Brasileiro busca responder.
Fruto de uma parceria entre o FGVces, a COPPE/UFRJ a ABStartups e a EDP, e viabilizado pelo Programa P&D ANEEL, o estudo foi iniciado em maio de 2018. Seu objetivo é compreendedor o ecossistema e analisar seu impacto no setor elétrico brasileiro. Poderá ser usado como subsídio ao desenvolvimento de políticas públicas para o fortalecimento do ecossistema de tecnologias limpas no Brasil. E também poderá contribuir para aproximar grandes empresas e startups e assim escalar as suas inovações.
Em 2018 foi realizada uma chamada convidando fundadores de cleantechs a participar do mapeamento, que recebeu a resposta de 136 startups. Confira abaixo alguns dos resultados da pesquisa.
Qual é o perfil do empreendedor de cleantech?
São majoritariamente homens (83%) e brancos (84%), dados que não surpreendem, pois reflete o perfil típico de empreendedores em outros ecossistemas. A falta de diversidade no perfil de empreendedores também foi identificada em outras pesquisas, como o 2o Mapa de Negócios de Impacto, lançado pela Pipe.Social.
Em relação a idade, têm entre 31 e 40 anos (34%). Podem ser considerados ainda jovens, mas com cerca de 10 anos a mais experiência do que o padrão das startups digitais, cujos fundadores costumam estar na casa dos 20 anos.
96% possuem alguma graduação de nível superior, sendo 52% em engenharia. 57% são pós-graduados, geralmente em cursos de administração e negócios. Chama a atenção a ausência das ciências naturais na formação dos empreendedores, o que parece mostrar uma lacuna entre a universidade e o mercado.
Apresentam experiência em grandes empresas, pesquisa acadêmica e empreendedorismo prévio (mais de 50%). Além disso, 35% das startups são compostas por dois sócios.
Onde estão localizadas as cleantechs?
O eixo Sul-Sudeste concentra 91% das cleantechs brasileiras. No Estado de São Paulo ficam 43% delas. Em seguida, Rio de Janeiro e Minas Gerais abrigam, cada um, 12% das startups do setor. Santa Catarina e Rio Grande do Sul empatam em terceiro lugar, com 7%.
Essa concentração no eixo Sul-Sudeste não surpreende, pois é um cenário que costuma surgir em outras pesquisas sobre empreendedorismo de diversos setores.
Perfil das startups de cleantech
Em relação a setor e modelo de negócio, 41% delas atuam em energia limpa e 71% adotam modelos B2B (Business-To-Business).
Outros dados relevantes:
- 71% não possuem patentes registradas
- 36% estão em fase de tração
- 49% já receberam algum aporte de capital
- 63% receberam apoio de incubadoras e aceleradoras
Principais desafios
Segundo os respondentes, essas são suas maiores dificuldades:
- Expandir o negócio (63%)
- Acessar serviços financeiros (62%)
- Comunicar proposta de valor (46%)
Quer saber mais? Baixe o relatório aqui
O relatório do Mapeamento do Ecossistema de Startups de Cleantech no Brasil inclui todas as informações acima e muitas outras, que detalham o estado atual do ecossistema. Baixe o PDF e boa leitura!
Clique aqui para baixar o estudo
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