Do GIFE

Em um mundo cada vez mais globalizado e dinâmico, era de se esperar que as inúmeras desigualdades existentes dessem lugar ao progresso. Isso tem acontecido; entretanto, ainda são necessárias ações que promovam o bem-estar comum, o uso sustentável do meio ambiente e a colaboração e respeito mútuo. No sentido de promover projetos de inovação social focados nessas missões, a Rede-Comunidade de Inovação Social, uma iniciativa do Instituto Jatobás, lança o Edital “Divergente Positivo”.

Segundo Ivani Tristan, membro da Rede-Comunidade de Inovação Social, a ideia surgiu a partir da vontade da rede de conectar pessoas motivadas a mudar suas realidades, mas que não sabem por onde começar. “A proposta da Rede-Comunidade de Inovação Social é apoiar grupos que se sintam incomodados com problemas em suas comunidades e queiram resolvê-los. A proposta é pensar no desafio a partir de suas perspectivas sistêmicas e complexidades e, usando o conceito de inovação social, chegar a uma solução que, talvez, ninguém tinha pensado antes”, defende.

A chamada de projetos irá selecionar dez grupos que queiram atuar em áreas relacionadas a pelo menos um dos seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU (Organização das Nações Unidas): 1. Erradicação da pobreza; 4. Educação de Qualidade; 5. Igualdade de gênero; 8. Emprego digno e crescimento econômico; 11. Cidades e comunidades sustentáveis e 16. Paz, justiça e instituições fortes.

Ivani ressalta que a escolha desses ODS levou em conta a linha de trabalho do próprio Instituto Jatobás e foram selecionados de acordo com expertises já existentes no corpo técnico e na rede do Instituto.

Alguns exemplos de iniciativas que podem concorrer são: promoção de uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade e oportunidades de aprendizagem ao longo da vida; promoção do crescimento econômico inclusivo e sustentável; emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos; projetos que tornem as cidades e assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis; fomento de sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável; além do incentivo ao acesso à justiça para todos e construção de instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.

Seleção

A seleção dos projetos fica a cargo de uma comissão julgadora organizada pela Rede-Comunidade. As propostas serão avaliadas a partir de critérios como: composição do grupo (se conta com pessoas com competências diversas e complementares); definição do problema social a ser resolvido; efetividade, viabilidade e sustentabilidade da solução proposta em comparação com ideias já existentes; e fortalecimento da participação e cidadania ativa.

Os dez grupos selecionados receberão, de janeiro a setembro de 2018 (com possibilidade de variação), acompanhamento e apoio para modelagem e elaboração do protótipo de suas ideias, assim como um aporte de até R$ 12 mil para desenvolver o projeto.

“A expectativa é realizar encontros quinzenais, em que as equipes terão de desenvolver as atividades na prática e compartilhar os resultados. Com isso, fazemos o  acompanhamento na comunidade ou no próprio Instituto. Além disso, queremos  proporcionar encontros entre grupos que tenham temas ou trabalhos com afinidades, a fim de que todos façam parte de uma rede e possam trocar experiências”, afirma Ivani.

Os critérios de seleção, assim como informações completas sobre o edital podem ser consultadas no regulamento, disponível neste link.

O resultado da chamada de projetos será divulgado no site do Instituto Jatobás no dia 8 de novembro. Todos os grupos selecionados terão a oportunidade de participar do “Espiral de Inovação Social”, evento regularmente realizado pelo Instituto Jatobás, visando a troca de experiências entre as Redes. A edição de novembro contará com a participação dos vencedores, que poderão discutir um pouco sobre o que é inovação social e como será a trajetória de desenvolvimento dos projetos.

Uma das metodologias a serem utilizadas é o Design Thinking, que tem como um de seus pilares o trabalho colaborativo, justificando a obrigatoriedade de pelo menos quatro integrantes por grupo. Além disso, ela explica a Espiral de Seis etapas, método que será utilizado nos projetos. “Nesse processo da Espiral das seis etapas temos desde a concepção do problema, passando pela pesquisa de campo, pela triangulação de pesquisa, que é observar, se colocar no lugar do outro e ouvir, pela definição de um ponto de vista e aí sim o processo criativo, de pensar em soluções a partir da ótica do envolvido no problema, desenvolver um protótipo e ir ajustando”, explica. Cada etapa do processo será acompanhada de perto pela equipe do Instituto.

Inscrições

O edital está aberto para inscrições de grupos de pelo menos quatro integrantes, que tenham uma proposta a ser implementada na região metropolitana de São Paulo. Projetos propostos por organizações governamentais, universidades, organizações internacionais, partidos políticos, sindicatos, empresas de pequeno ou médio porte, microempresas e microempreendedores individuais não serão aceitos.

Aqueles que preenchem os critérios de elegibilidade devem entrar no site do Prosas, preencher os dados cadastrais, responder perguntas referentes ao projeto e enviar um vídeo, de até dois minutos, explicando criativamente a proposta do grupo e os motivos pelos quais ele deve ser escolhido pela comissão julgadora. Os projetos podem ser enviados até o dia 18 de outubro.

As dúvidas sobre o funcionamento e preenchimento da inscrição na plataforma podem ser enviadas para o e-mail contato@prosas.com.br ou esclarecidas pelos telefones: (31) 3070-3400 e (31) 3070-3600. Os demais questionamentos devem ser encaminhados para o endereço: rede-comunidade@institutojatobas.org.br.