Evento debateu os desafios financeiros das empresas de impacto social, em São Paulo

Da Agência Sebrae de Notícias, publicado em 8 de junho de 2018.

O Sebrae está participando do Fórum de Finanças Sociais e Negócios de Impacto, que está sendo realizado em São Paulo, onde se discute o direcionamento de mais empreendedores para essa temática, que mantém foco na base da pirâmide. Nesta quarta-feira (6), foram lançadas três publicações, relacionadas ao tema, feitas pelo Sebrae e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

Nesta quinta-feira (7), a diretora-técnica no exercício da presidência do Sebrae, Heloisa Menezes, falou sobre a atuação do Sebrae nessa temática, assinalando que se trata de “um eixo prioritário” na estratégia da instituição, ao participar do painel “Iniciativas do Ecossistema. Como avançar na agenda, apoiando todo o campo?”.

“Negócios de impacto social também precisam ser inovadores e muito valorizados, pois buscam efetivamente transformar a realidade das comunidades, que têm força empreendedora e podem se diferenciar, além de possibilitar uma perspectiva mais promissora, impulsionando o desenvolvimento local”, disse Heloisa Menezes.

A primeira participação do Sebrae nos debates começou na quarta-feira, com uma roda de conversas sobre o apoio ao empreendedor de impacto. “Apresentamos neste workshop, pesquisas sobre o nosso cliente que procura por informações ou quer empreender negócios de impacto social”, explicou Valéria Barros, coordenadora nacional do Macrossegmento de Impacto Social e Ambiental do Sebrae. Além disso, foram mostrados dados sobre os hábitos e formas de consumo da população de menor renda, entre outros temas.

A outra participação aconteceu à tarde, quando foi realizado o debate “Governo: tese de mudanças para impacto”, com a presença de representantes de organizações civis, Sebrae e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). “Foram discutidos como podemos avançar, com as participações públicos-privadas, para elevar o número de negócios de impacto no país”, afirma Valéria. “E depois, trabalhar a integração junto a outros ecossistemas para desenvolver ações complementares que gerem impacto socioambiental positivo”, acrescentou a coordenadora.

Durante o evento, foi lançada a  publicação “Pesquisa Nacional sobre Aceleração de Negócios de Impacto: Um olhar sobre as práticas atuais”, feita em parceria com o Pnud, e que mostra a evolução e diferenças de pequenos negócios de impacto que passaram em processos de incubação e aceleração, considerando o nível de maturidade de gestão. A segunda publicação é a “Gestão do Conhecimento no Ecossistema de Negócios de Impacto no Brasil”, que apresenta 21 estudos desenvolvidos por atores do ecossistema de negócios de impacto.

A terceira publicação é o “Retrato dos Pequenos Negócios Inclusivos e de Impacto no Brasil”, que detalha 857 casos de empreendedores de negócios inclusivos e de impacto social, feito em 2017. O documento é dividido por região e segmento produtivo, faz o perfil do empreendedor e maturidade de gestão dos pequenos negócios.