Parceria entre ICE, Anprotec e Sebrae pretende formar 20 incubadoras e aceleradoras de negócios de impacto por ano até 2020

Do ICE

A partir de dezembro, começa uma nova fase do Programa de Incubação & Aceleração de Impacto, lançada durante a 27ª Conferência Anprotec, no Rio de Janeiro (RJ), em outubro. Criado em 2015 pelo ICE (Instituto de Cidadania Empresarial), Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores) e o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas), o programa tem o objetivo de ampliar o número de negócios de impacto qualificados e escaláveis prontos para receber investimentos e de consolidar a atuação de aceleradoras e incubadoras na atração, seleção e acompanhamento de Negócios de Impacto Social. Em dois anos, a iniciativa teve a participação de 45 aceleradoras e incubadoras de todas as regiões do país.

Com a redefinição dos papéis dos realizadores, a Anprotec passa a coordenar o programa e o processo de capacitação das aceleradoras e incubadoras ingressantes. “O ICE continua acompanhando o programa. Além de transferir a metodologia e dar suporte na etapa do Desafio, o ICE se encarregará da implementação de um programa de formação continuada voltado para as 45 aceleradoras e incubadoras que participaram das duas primeiras edições. A meta é garantir a sustentabilidade do programa”, explica Samir Hamra, analista de programas do ICE.

A proposta prevê encontros virtuais e presencial de formação e acesso ao Programa de Mentoria do ICE. A equipe do ICE ficará à disposição dos empreendedores para assessorá-los na elaboração da estratégia de impacto. “Vale destacar que todas as organizações participantes do programa serão elegíveis à chamada ICE-BID 2018 e poderão indicar negócios para receber esse aporte financeiro”, comenta Samir.

Em 2017, sete negócios de impacto socioambiental foram selecionados para receber aportes financeiros na Chamada ICE – BID de Financiamento Semente para Negócios de Impacto e Aporte a Incubadoras e Aceleradoras. No total, foram destinados R$ 1,5 milhão para apoiar iniciativas de impacto socioambiental em fase inicial e aporte para aceleradoras e incubadoras que apoiam empreendimentos nesse estágio e comprovem histórico de atuação no campo de negócios de impacto de, pelo menos, dois anos. A iniciativa faz parte de uma parceria entre o ICE e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio do Fundo Multilateral de Investimentos (Fumin), com o objetivo de fortalecer o ambiente de negócios de impacto social no Brasil.

Para Fernanda Bombardi, gerente-executiva do ICE, a transferência da liderança para a Anprotec e a expansão do Programa representam uma vitória. “A agenda de disseminação do tema de inovação de impacto socioambiental passará a ser conduzida por uma organização relevante. Estamos felizes que a Anprotec esteja assumindo essa agenda a partir da próxima rodada. Podemos agora nos dedicar ao aprofundamento desse tema com as 45 organizações que participaram do processo nas duas primeiras rodadas”, ressalta Fernanda.

A meta da Anprotec para 2020 é formar 20 incubadoras/aceleradoras por ano, nos próximos três anos. “Dessa forma, em 2020, teremos cerca de 100 incubadoras/aceleradoras formadas pelo programa. É um resultado muito expressivo”, conclui Samir.

A primeira etapa do programa deve ocorrer entre dezembro de 2017 e maio de 2018 e tem como foco a capacitação dos participantes na temática de negócios de impacto. Após esse período, serão selecionados até 10 empreendedores de todas as regiões do Brasil para apresentarem seus planos de ação para uma banca independente. Os cinco vencedores receberão um prêmio em dinheiro no valor de R$ 10.000 para apoiar a implementação do plano de ação, mentoria de associados do ICE e vouchers de serviços do Sebrae.