App traduz LIBRAS para áudio e permite comunicação entre surdos e ouvintes; tecnologia já foi testada por Honda e Mondial
A surdez é obviamente uma grande barreira para a vida em sociedade. Muitos surdos não falam português e a maioria das pessoas também não sabem falar a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Mas a tecnologia é capaz de ajudar a comunicação entre surdos e ouvintes e promover a inclusão dos primeiros na sociedade. Um exemplo é o aplicativo Giulia, que permite que smartphones transformem os movimentos de Libras em áudio e vice-versa. O que facilita que deficientes auditivos executem tarefas do cotidiano, como ir ao médico ou ao banco.
O projeto começou a ser desenvolvido em 2014 por Manuel Augusto Pinto Cardoso, CEO da MAP Technology, quando estava em Boston, nos EUA. Lá, teve o primeiro contato com uma pulseira equipada com sensores para captar os sinais dos músculos do braço e da mão. O que lhe deu a ideia de adaptar a tecnologia até chegar à criação do app Giulia. A solução dispensa o uso de pulseiras com sensores, bastando que o smartphone seja fixado no pulso do usuário. O que foi fundamental para diminuir os custos e ter escalabilidade para o projeto.
Como ninguém gesticula de maneira igual, o app aprende com a experiência do usuário, tornando-se um “alterego virtual”. Segundo Cardoso, “quando o usuário faz o download, ele baixa a versão comum para todo mundo, mas a partir do momento que começa a treinar os sinais, o algoritmo aprende como ele gesticula”. Em cerca de uma hora, Giulia aprende como o usuário se comunica. A empresa estuda ainda salvar as configurações em nuvem para que nunca sejam perdidas.
Ainda na fase de testes, o aplicativo foi usado por algumas empresas. Como a Honda, que contratou um funcionário surdo para atuar no chão de fábrica. E a Mondial será a primeira empresa com manual de produtos eletrodomésticos com guia para deficientes auditivos no celular.
Apoio da Braskem Labs
Embora tenha se iniciado em 2014, o grande salto do projeto se deu em 2016, quando participou do Braskem Labs, programa de aceleração da petroquímica para incentivar a inovação com melhoria de qualidade de vida usando a química e o plástico. A edição 2017 do programa está com vagas abertas. Para saber mais, clique aqui.
https://www.youtube.com/watch?v=1cb449UZuEQ
Com informações do StartSe