Um dos grandes diferenciais dessa peça é que ela foi produzida, de forma que não gere excesso de resíduos e, ao final de sua vida útil, por meio da compostagem, torne-se até mesmo nutrição para o solo
Do EcoD
A C&A lançou na quarta-feira, 23 de agosto, sua primeira coleção circular de camisetas com certificação de nível Gold da Cradle to Cradle™. A linha foi produzida usando apenas materiais seguros e de forma social e ambientalmente responsável. Além disso, houve reúso de água e foi utilizada energia renovável no processo produtivo. O Programa de Certificação de Produtos Cradle to Cradle™ é uma forma de avaliar se os produtos e materiais são seguros para a saúde humana e para o meio ambiente. Concedida pelo Cradle to Cradle Institute, essa certificação é dividida nos níveis Basic, Bronze, Silver, Gold e Platinum.
Um dos grandes diferenciais dessa peça é que ela foi produzida, de forma que não gere excesso de resíduos e, ao final de sua vida útil, por meio da compostagem, torne-se até mesmo nutrição para o solo. A coleção da C&A com a Certificação Cradle to CradleTM estará disponível em 29 lojas físicas e na loja on-line a partir de 1º de setembro, com versões feminina e masculina, em seis cores cada uma, sendo a feminina vendida a R$ 19,99 e a masculina a R$ 29,99.
Na ocasião do lançamento da linha foi realizada uma mesa-redonda para debater questões como produção sustentável, os desafios da economia circular e o futuro da indústria da moda. Participaram dessa conversa o presidente da C&A, Paulo Correa, a líder da Ellen MacArthur Foundation no Brasil, Luisa Santiago, e a atriz e apresentadora Fernanda Paes Leme, com mediação da jornalista Lilian Pacce.
“Estamos trazendo uma história que entendemos ser um marco para o varejo de moda nacional, com o lançamento das primeiras camisetas desenhadas para serem recicladas em escala mundial. Temos a responsabilidade de liderar esse processo, já que temos o compromisso de oferecer uma moda com impacto positivo”, disse o presidente da C&A, Paulo Correa.
Inspirar pessoas
Para ser mais sustentável, o futuro da moda deve ser colaborativo e construído em parceria com toda a indústria. Essa constatação é de Luisa Santiago, que também reforçou que a C&A está trazendo ao mundo coisas concretas, inspirando e de fato mostrando que é possível fazer uma economia circular regenerativa e restaurativa por princípio, que una a ideia de lucro e ganhos econômicos à de uma economia que tenha práticas positivas ao ambiente e à sociedade.
Ações como essa, especialmente quando realizadas dentro do universo da moda, têm o poder de inspirar as pessoas, pois, quando elas se tornam mais conscientes, entendem que podem contribuir para o futuro da sociedade e do meio ambiente. Do ponto de vista do consumidor, há ainda a questão da relação emocional com a peça, já que cada uma tem uma história. Mas, para Fernanda Paes Leme, o que ficam são as memórias e as peças podem ganhar novas vidas e novos significados para outras pessoas.