Este é um dos dados que traz o estudo “O Mercado Brasileiro de Geração Distribuída Fotovoltaica”.
Originalmente publicado pela Agência Brasil
Hoje, se uma residência de classe média com quatro moradores instalar um sistema de energia solar que atenda suas necessidades – normalmente um equipamento com capacidade entre 2.5kWp a 3kWp -, pagará algo entre os R$ 16.000 a R$ 22.500, dependendo do Estado em que está localizada e das dimensões do sistema. Este é um dos dados que traz o estudo “O Mercado Brasileiro de Geração Distribuída Fotovoltaica”, que teve seus resultados preliminares apresentados na semana passada.
Produzido pelo Instituto de Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal) e pela Câmara de Comércio Brasil-Alemanha do Rio de Janeiro (AHK-RJ), o estudo ouviu 350 empresas de energia solar que atuam no Brasil para traçar o cenário do mercado nacional.
A acentuada queda nos preços praticados é um dos destaques do trabalho. Para sistemas de até 5 kWp, o que abrange toda a faixa residencial, o custo do kWp no Brasil está em R$ 7500 – no último estudo este valor era de R$ 8500. Trata-se de um preço competitivo ao que se encontra em outros países, como Chile e Estados Unidos. Os valores são ainda menores para sistemas de grande porte, acima de 100 kWp, com o custo atual de R$ 5.570 o kWp.
“A queda nos preços tem sido uma constante nos últimos anos e deve continuar por mais algum tempo. Mesmo que o custo dos equipamentos estacione, já que existe um limite para a redução do valor da tecnologia, a maioria das empresas brasileiras tem apenas dois anos de atuação e devem conseguir baratear seus serviços quanto tiverem mais experiência e escala”, explicou Philipp Hahn, diretor adjunto da AHK-RJ.
Solar é mais barata que se pensa
Ainda predomina a noção de que instalar um sistema de energia solar é algo fora da realidade dos brasileiros e que seria um investimento muito alto. Porém, ao saberem o real custo, muitas pessoas ficam positivamente surpresas.
“Sempre ouvi dizer que era caro, mas o preço não é tão elevado se você avaliar a economia que será gerada. Minha conta de energia era em torno de R$622,00. Atualmente está R$278,00. Em períodos de inverno paguei R$132,00”, afirmou Reinaldo Silva, funcionário público que possui um sistema em sua casa em Niterói.
“Ainda existe uma mentalidade de que a energia solar é algo para o futuro, que envolve um custo proibitivo. Quando na verdade, se você colocar no papel o investimento versus a economia gerada na conta de energia percebe que já é uma opção viável economicamente”, explica Rodolfo de Sousa Pinto, presidente da ENGIE Solar, uma das principais empresas do setor.
Além da economia, existe a satisfação de gerar sua própria energia de forma sustentável. “Investi em solar por acreditar que é uma forma inteligente de obter energia elétrica com mínimo de degradação ao meio ambiente e em segundo plano por dar maior autonomia no consumo sem ter que preocupar com aumento de tarifas da concessionária. Minha conta de energia era de R$ 180 e está agora em R$ 22. Já estou recomendando para amigos”, diz o gestor de tecnologia da informação Juliano Tavares, morador de Goiânia.
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