Programa Vivenda financia e executa a reforma de cômodos para a população de baixa renda
Acesso à moradia é um grave problema no Brasil, que se apresenta de duas formas. A primeira é o déficit quantitativo: faltam 6 milhões de casas para atender a população. Outra é o déficit qualitativo: 12 milhões de residências encontram-se em péssimas condições de habitação. Em geral, políticas públicas e iniciativas privadas buscam solucionar apenas o primeiro aspecto do problema. Ao segundo, que é a falta de moradia digna, costuma-se dar pouca atenção.
Pensando nisso surgiu o programa Vivenda, que oferece soluções para habitações em condições insalubres. Problemas como excesso de umidade ou falta de ventilação afetam criticamente a qualidade de vida de uma família. Podem gerar, por exemplo, o aumento de doenças respiratórias. Assim, o programa busca melhorar essa qualidade de vida por meio de uma casa adequada.
Soluções para uma moradia digna
Com sede no Jardim Ibirapuera, no extremo sul de São Paulo, o negócio oferece obras eficientes a preços acessíveis. São reformas de um único cômodo por vez (um banheiro ou uma cozinha, por exemplo), que demoram em média 6 dias e custam até R$ 5.000. O morador tem até 12 meses para pagar este valor, em um empréstimo feito a taxas de 2% ao mês.
A operação financeira é feita sem a burocracia dos bancos tradicionais. O que faz com que a maioria dos clientes sejam pessoas sem acesso ao microcrédito oferecido por outras instituições, por não terem a documentação regularizada da casa ou outro empecilho. Ou que conseguem o empréstimo em financeiras, porém a taxas muito elevadas. Em seu primeiro ano de operação, o Vivenda reformou mais de 470 casas, contribuindo para uma vida mais digna das famílias que moram nelas.
O potencial do público de baixa renda para empreendedores de impacto
Segundo um dos criadores do Vivenda, Fernando Assad, há um grande potencial de consumo no público que eles atendem. E quem quiser se aventurar a atendê-lo – no setor de habitação ou em outro – tem grande chance de obter sucesso. Ele afirma ainda que o primeiro objetivo da empresa é gerar transformação social. Mas que alia isso ao retorno financeiro, que possibilita ampliar as suas operações, impactando a vida de muito mais gente.
O programa Negócios de Que Transformam o Mundo, do Sebrae SP, publicou uma matéria sobre o case em seu canal no Youtube. Assista acima.