Nos mais de 20 anos de carreira como catadora de materiais reciclados, Rosineide Moreira Dias das Neves, a dona Rosa, se habituou à penosa rotina de percorrer as ruas do Recife na missão de filtrar o que é reciclável do que é lixo nas calçadas, tendo que enfrentar preconceito pelo caminho.

“Tem muita gente que discrimina o que a gente faz. Acha que a gente é catador de lixo. Não entende que não é lixo, é reciclagem”, diz a pernambucana de 55 anos. “A gente está tentando limpar o ambiente, mas a sociedade não vê.”

(…)

Dona Rosa é uma entre 71 catadores e catadoras de Pernambuco cadastrados no Cataki, um aplicativo lançado em julho do ano passado para conectar catadores independentes a cidadãos ou empresas que queiram dispor materiais recicláveis corretamente – e se descreve como um “Tinder da reciclagem”, em referência ao aplicativo de relacionamentos.

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