Em evento do Impact Hub, Itali Collini, da SITAWI Finanças do Bem, comenta os mecanismos financeiros da organização voltados a investimento e negócios de impacto
Por Luiza Coimbra. Originalmente publicado pela SITAWI Finanças do Bem.
Investimento de impacto é um conceito que está em alta. De um lado, temos empreendedores que desejam resolver problemas sociais, dentro de uma lógica de negócios, com ou sem fins lucrativos. De outro, investidores e organizações com capital disponível para aportar em iniciativas inovadoras com esse viés, podendo ter ou não participação nos resultados financeiros.
Dentro desse contexto, o Impact Hub São Paulo realizou um evento para discutir o tema e convidou a SITAWI para falar sobre sua experiência no setor. Mediado por João Vitor Caires, do Impact Hub, o encontro contou também com a presença de Daniel Izzo, da Vox Capital, Rodrigo Menezes, da Derraik e Menezes; e Frederico Rizzo, da Broota Brasil, que contaram sobre sua atuação no mosaico de investimento em negócios de impacto.
Itali Collini, analista de Finanças Sociais da SITAWI, comentou sobre os mecanismos financeiros desenvolvidos atualmente pela organização. A partir da área de Finanças Sociais, a SITAWI oferece capital através de empréstimos socioambientais, garantias e dívida conversível. Esses dispositivos caracterizam-se por menores taxas de juros, período de carência no caso do empréstimo e acompanhamento mais humanizado do empreendimento e seus impactos. Esse posicionamento diferenciado da SITAWI visa tornar o capital mais paciente, abundante e barato para organizações que geram impacto socioambiental positivo.
“É importante que as pessoas entendam que nem todos os negócios de impacto são escaláveis ou tem a estrutura requerida para receber aportes de venture capital. Há negócios que priorizam um impacto em profundidade ao invés de extensão, por exemplo, e isso não é ruim nem deve ser negligenciado. A posição e os veículos da SITAWI permitem atender uma faixa intermediária de negócios de impacto e muitas vezes também permitem que eles sobrevivam até ganhar a estrutura para receber um aporte em equity”, comentou Itali.
A analista ressalta, ainda, a necessidade da disseminação do tema, pois nem sempre os empreendedores possuem conhecimento da diversidade de mecanismos disponíveis para apoiar as iniciativas, de forma a crescer os negócios e gerar mais impacto socioambiental positivo.
“A importância da nossa participação nesse ecossistema fica evidente quando empreendedores me abordaram ao final para contar que não sabiam da existência dessas opções e que talvez nem quisessem um sócio nesse momento, mas sim um capital catalisador mais paciente como o que a SITAWI oferece”, concluiu.
Para Luciana Brasil, do Impact Hub São Paulo, o evento tem como objetivo promover um espaço de troca, conectando iniciativas, pessoas e empresas ao tema de inovação social. A diretora de marketing do hub paulista acredita no potencial para o mosaico de investimento de impacto.
“As oportunidades são muitas já que estamos em um segmento relativamente novo no Brasil. Somos otimistas e acreditamos que a invenção fará parte do cenário econômico e social do país. Se seguirmos as diretrizes da ONU com os ODS como balizadores para as nossas conexões, teremos um futuro sustentável”, comentou Luciana.