Apesar das óbvias similaridades, ainda há caminhos para serem construídos entre as partes. O principal deles é o jurídico
A ponte que conecta a filantropia aos negócios de impacto tem uma tendência a se estreitar cada vez mais. Porém ainda existem algumas barreiras que geram ruídos ao diálogo entre os dois lados que pertencem a uma mesma moeda. “Ambos existem para entregar impacto socioambiental positivo”, comenta Fábio Deboni, gerente executivo do Instituto Sabin. Em nome de sua instituição, Fábio é uma das pessoas que ocupa assento no FIIMP, o grupo de fundações e institutos que discute formas de colocar seu capital para o fomento dos negócios de impacto no Brasil.
“O que eu tenho defendido é que a gente consiga cada vez mais pavimentar esses caminhos e construir essas pontes de forma mais robusta, desconstruindo algumas narrativas. Mostrar que a gente está muito mais no mesmo barco do que os mais céticos do campo podem imaginar”, opina Deboni.
Por meio do Fundo Zona Leste, a Fundação Tide Setubal também está próximo e investe em negócios de impacto na zona leste de São Paulo. Gestora do Fundo, Greta Gogiel explica que esse distanciamento pode acontecer porque o campo de negócios de impacto é muito recente, relativamente novo comparado à filantropia. “A minha sensação é de que é muito mais um receio das fundações por [falta de] conhecimento sobre os negócios de impacto”, opina Greta.
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