Empresa auxilia organizações do 2o e 3o setor a colocar investimento social e voluntariado corporativo em prática

Corporações e organizações do 3o setor com freqüência realizam investimentos sociais. E para realizá-los com qualidade ótima podem precisar da ajuda de uma consultoria especializada. Ampliar a eficiência deste tipo de investimento é justamente a missão da Ponto Social, um negócio apoiado pelo Instituto Jatobás. A empresa faz isso por meio de tecnologias sociais, que vão serviços de consultoria, ferramentas de gestão e mobilização e implantação e execução de projetos de mentoria, coaching e voluntariado on-line. Entre seus clientes, estão o Instituto AES, o Instituto InterCement e a Alpargatas.

Na entrevista em vídeo abaixo, os fundadores da Ponto Social – o publicitário João Paulo Munhão Campos e a jornalista Bianca Kapsevicius – explicam a sua atuação e dão conselhos importantes para que outros empreendedores de negócios de impacto consigam fazer seus projetos decolarem. Após o vídeo, também resumimos os principais pontos conversados.

O apoio do Instituto Jatobás ao Ponto Social foi essencial desde o começo

A Ponto Social conta com o apoio do Instituto Jatobás desde o início de suas atividades. Segundo Bianca:

(…) ele [o instituto] nos dá um suporte muito grande, uma consultoria de negócios, orientação sobre atuação no mercado e a possibilidade de ampliação de rede de contatos, que é o que tem sido bem intenso nesse momento e para nós, como empreendedores, tem sido muito importante.

Bianca explica também que o desafio atual da empresa é crescer e se consolidar, obtendo mais oportunidades projetos e atuação de impacto.

Negócios de impacto são diferentes de negócios tradicionais em um ponto essencial

Para João Paulo, um negócio tradicionais e os negócios de impacto se distinguem um do outro quando se fala em concorrência x cooperação. Para ele, os negócios de impacto funcionam mais na base da cooperação entre parceiros do que na concorrência entre empresas do mesmo setor.

Um ponto fundamental pro negócio de impacto é entender que, diferente de um negócio tradicional, em que se tem um fornecedor, você, a sua empresa, seus concorrentes, disputando um cliente, o negócio de impacto obrigatoriamente, e para funcionar, precisa de parcerias e de uma rede mais integrada e uma rede com o mesmo foco na solução de problemas sociais, ambientais, enfim, pra atuar em conjunto. Isso torna o negócio de impacto muito mais complexo do que um negócio convencional.

Saber vender a sua ideia eficientemente e manter-se conectado a problemas reais são fundamentais para o negócio dar certo

Perguntados sobre que dicas dariam a novos empreendedores, os fundadores da Ponto Social abordaram temas muito relevantes.

Para Bianca, é preciso saber vender a sua ideia a investidores e, para isso, é preciso ter um plano de negócios bem consolidado, que trace os caminhos a serem percorridos. Isso facilitará com que possíveis investidores conheçam as suas ideias e se interessem em fazer parte do projeto.

Bianca explica como fizeram isso:

(…) essa estruturação do plano de negócios partiu de um intenso trabalho de levantamento de informações de problemas reais de possíveis clientes nossos. Então nós realizamos entrevistas mesmo com diversos perfis de profissionais que viriam a ser clientes do Ponto Social para entender os reais problemas que eles enfrentavam e assim buscar as soluções adequadas. Tendo essas informações em mãos, nós começamos a montar o desenvolvimento dos nossos produtos.

João se aprofunda na necessidade de se entender problemas reais para desenvolver soluções que despertarão interesse no mercado.

(…) muitas vezes a gente pode acabar desviando o nosso foco para soluções que muitas vezes são soluções para problemas idealizados e imaginados, porque a gente não está em contato com os problemas que efetivamente existem e onde estão as oportunidades de negócio.

Assista a outras entrevistas da TV Kaleydos

Entrevista: como a Vox Capital investe em negócios de impacto social e apoia empreendedores

Entrevista: Mariana Fonseca, da Pipe.Social, comenta o cenário dos negócios de impacto no Brasil

PanoSocial: empresa produz moda sustentável empregando ex-detentos como mão de obra