WeUse adota o conceito de Fashion as a Service (FaaS) e oferece aluguel de roupas com entrega em casa a preço acessível

O que é mais importante, ter uma roupa ou usá-la? Acreditando que usufruir de uma peça de vestuário é o que realmente importa, a WeUse é uma startup de impacto que se define como um “guarda-roupa virtual de consumo de roupas na nuvem”. É como a Netflix, só que de roupas. O negócio adota o conceito inovador de Fashion as a Service -FaaS, em que as peças são alugadas por um período em vez de compradas. Dessa forma, oferece a democratização da moda em um modelo de consumo sustentável.

O funcionamento é simples. Por meio de um aplicativo, o assinante escolhe de 3 a 4 peças por semana. A WeUse entrega as roupas na sua casa e retira as peças usadas, que são lavadas e esterilizadas. Se o cliente gostar muito de uma peça, tem a opção de comprá-la.

Para o cliente, a vantagem é variar o seu guarda-roupa por um preço acessível. O plano básico (3 peças semanais) custa R$ 69,90 e dá direito a 12 peças diferentes por mês. É mais barato do que comprar apenas uma única calça jeans de boa qualidade, por exemplo.

Outra vantagem é o impacto ambiental positivo. A indústria da moda é segunda mais poluente do mundo, perdendo apenas para a indústria do petróleo. É uma indústria responsável por um enorme consumo de água, emissões de CO2, produção de resíduos e descarte inadequado de roupas usadas. Há ainda muito desperdício: as pessoas usam em média apenas um terço das roupas que têm em seus armários. Esses e outros dados podem ser conferidos nesta matéria e no Mapa Cidades Sustentáveis.

O modelo de consumo do Fashion as a Service é muito mais sustentável do que o modo convencional de consumir roupas e evita desperdícios. Ao focar no aluguel das peças, em vez da sua venda, reduz a necessidade de produção e, portanto, mitiga o impacto da indústria. A lavagem e higienização profissionais das roupas também gasta apenas um terço da água e energia de uma lavadora doméstica. E quando termina o ciclo de vida do produto, a WeUse dá uma destinação de impacto para as roupas, seja para doações (destinadas a entidades sociais ou a pessoas em situação de rua) ou para transformá-las em outros produtos (uma almofada, por exemplo).

Como a WeUse surgiu e está crescendo

Equipe WeUse

Da esquerda para a direita: Andria Micale do Santos Silva na ponta (sócia); Carlos Alberto Silva (CEO); Humberto Silva Silveira (sócio); Liliana (colaboradora de moda); Bruno (colaborador de costumer success); Guilherme de Almeida Brito (sócio)

Carlos Alberto Silva, CEO da startup, cresceu na periferia de São Paulo, em Itaquera, onde surgiu a empresa. Formado em economia com pós-graduação em Gestão da Inovação, sempre trabalhou com inovação e em grandes consultorias. Também foi empresário júnior na faculdade e sempre teve o sonho de empreender.

Segundo Carlos, a ideia do negócio surgiu em março de 2017, a partir de um insight de seu irmão e sócio, Humberto Silva. “Ele teve uma ideia de ter uma empresa em que as pessoas pudessem trocar de roupas entre elas. Como eu era consultor de inovação peguei essa ideia inicial e comecei a modelar até surgir o modelo de FaaS”, diz.

Após 3 meses, eles já tinham um modelo de negócio pronto e as especificações para a construção do modelo. O protótipo foi lançado em setembro daquele ano com uma oferta de “experimente grátis”. Depois, em janeiro de 2018, começaram a operação com assinantes pagantes.

“Tivemos várias etapas de validação. Passamos por pré-aceleradoras e aceleradoras de startups. Durante esse período fizemos várias mudanças, principalmente na operação, segmentação de clientes e comunicação da empresa. Mas o modelo de negócio permaneceu o mesmo”, conta Carlos.

Em abril de 2020, a WeUse entra para o portfólio da Kaleydos, tendo sido indicada pela aceleradora Artemisia. Segundo Carlos Alberto Silva, CEO da startup, “a Kaleydos apostou em nossa startup, juntamente com outros grupos de investidores. A sua entrada chegou em um momento crucial para o nosso crescimento. E além do aporte de investimento, nos ajuda fazendo parte do nosso conselho de administração”.

Agora seu plano para o futuro do negócio é se consolidar na grande São Paulo e, no segundo semestre de 2021, começar a expandir para outras regiões metropolitanas do Brasil. Em outro momento, pretende internacionalizar a startup e abranger regiões fora do Brasil.

Recentemente, a startup foi selecionada para participar do reality show O Anjo Investidor, de João Kepler, conhecido empreendedor serial e investidor. Os empreendedores participantes do programa terão acesso a possíveis investimentos de um fundo e a uma mentoria qualificada sobre os pontos positivos e negativos de seu modelo de negócio. Veja aqui a participação da WeUse no programa.

A indústria da moda precisa passar por uma revolução que torne a sustentabilidade e o consumo consciente inerentes aos modelos de negócios das empresas do setor. A WeUse atua nesse sentido e a Kaleydos tem orgulho de fazer parte dessa mudança.

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