Empreendedorismo que resolve problemas sociais e ambientais
O empreendedorismo focado em negócios de impacto pode gerar transformações socioambientais profundas em áreas fundamentais, tais como cidadania, cidades, educação, finanças, saúde, tecnologias verdes e outros. Para isso, é preciso transcender a lógica das empresas puramente comerciais e da filantropia, adotando-se uma visão de negócios inovadora, sustentável e inclusiva.
Enquanto empresas comerciais tradicionais visam o lucro (sem fazer da preocupação com o impacto socioambiental de seus empreendimentos a sua missão), a filantropia frequentemente apoia projetos que não são financeiramente sustentáveis. Segundo a organização ICE, os recursos provindos da filantropia “têm se mostrado insuficientes para resolver os problemas sociais do Brasil na escala necessária”.
Negócios de impacto vão além. Em sua Carta de Princípios para Negócios de Impacto no Brasi (baixe aqui), a Força Tarefa de Finanças Sociais os define como “empreendimentos que têm a missão explícita de gerar impacto socioambiental ao mesmo tempo em que produzem resultado financeiro positivo de forma sustentável”.
São empreendimentos que buscam a inovação para criar novos mercados e promover a transformação social e o desempenho financeiro, podendo assumir diferentes formatos legais: associações, fundações, cooperativas ou empresas.
O gráfico ao lado ilustra as suas características fundamentais.
Os quatro princípios dos negócios de impacto
Segundo a Força Tarefa de Finanças Sociais, negócios de impacto devem possuir quatro princípios que os norteiem:
- Compromisso com a Missão Social e Ambiental – propósito de gerar impacto socioambiental positivo explícito na sua missão;
- Compromisso com o Impacto Social e Ambiental Monitorado – conhecem, mensuram e avaliam o seu impacto periodicamente;
- Compromisso com a Lógica Econômica – desenvolvem mecanismos para gerar receita própria;
- Compromisso com a Governança Efetiva – possuem uma governança que leva em consideração os interesses de investidores, clientes e a comunidade.
Negócios de Impacto, Negócios com Impacto e Negócios Sociais
É possível definir os termos acima de maneiras ligeiramente diferentes:
Enquanto um “negócio de impacto” nasce com o propósito primário de gerar impacto social positivo, podem-se definir “negócios com impacto” como iniciativas de empresas convencionais que também gerem este impacto. Isso desde que: 1) a iniciativa não seja green washing, e sim um projeto realmente diferenciado, relevante e genuíno; 2) que a sustentabilidade ambiental esteja na estratégia do negócio e não de forma acessória; 3) que seja inspirador, mostre tendência e alinhamento de valores.
Já um negócio social assemelha-se em tudo a um negócio de impacto, com uma importante diferença: neste modelo não se visa lucro e, portanto, não há distribuição de dividendos entre os investidores. O objetivo desta restrição é evitar que o lucro se torne, gradualmente, mais importante do que o impacto exercido, assim descaracterizando a proposta original. Você pode ler mais sobre negócios sociais neste link.
O setor 2.5
Este é outro conceito próximo ao dos negócios de impacto. Segundo o Guia 2.5, do Instituto Quintessa, o setor 2.5:
seria uma união entre características do segundo setor, de empresas privadas e marcado pelo foco em retorno financeiro, e do terceiro setor, de organizações sem fins lucrativos e marcado pelo foco em geração de impacto socioambiental.
Empresas B
Mais um conceito importante do setor é o das “Empresas B”. Segundo a organização Sistema B:
As Empresas B são empresas que redefinem o significado do sucesso, buscando não somente ser as melhores do mundo, mas também ser as melhores para o mundo.
Empresas B buscam resolver problemas socioambientais, passam por um rigoroso processo de certificação e fazem mudanças legais para proteger sua missão ou finalidade comercial, combinando seu interesse público com o privado.
Envolva-se!
Você pode fazer parte deste ecossistema de impacto, como empreendedor ou investidor. Saiba mais nos links abaixo:
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