Segunda edição de pesquisa da Rede Global de Investimento de Impacto deixa claro que mensurar impacto não é mais uma opção para empreendedores
Só é possível aprimorar o que pode ser mensurado e avaliado. Com esse raciocínio em mente, investidores de impacto têm dado cada vez mais peso à medição e ao gerenciamento de impacto (ou IMM, impact measurement and management, em inglês). É o que revela a segunda edição da pesquisa global The State of Impact Measurement and Management Practice, realizada pela Rede Global de Investimento de Impacto (GIIN, da sigla em inglês). De acordo com o relatório, as práticas de IMM têm se sofisticado no mundo todo, em comparação aos resultados da primeira edição da pesquisa, publicado em 2017.
No ecossistema de impacto, tem se tornado cada vez mais um consenso que para um negócio ser considerado realmente de impacto é necessário que a sua transformação social almejada seja monitorada. Por exemplo, não basta que uma startup atue com educação na rede pública para ser um negócio de impacto. É preciso que ela tenha uma teoria de mudança que deixe claro exatamente qual transformação (impacto) pretende causar, como vai fazer isso e quais serão os parâmetros para avaliar se o objetivo está de fato sendo alcançado. E cada vez mais os investidores de impacto exigem esse monitoramento por parte dos empreendedores na hora de decidir em que empresas aportarão o seu capital. Mais sobre esse tema você pode ouvir no terceiro episódio do KaleydosCast, em que o co-fundador e gestor da Kaleydos bate um papo com Célia Cruz, diretora executiva do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE).
Sobre a pesquisa
Segundo o GIIN, a segunda edição da pesquisa reflete a sofisticação e o amadurecimento das práticas de medição e gerenciamento de impacto (IMM, na sigla em inglês) nos últimos dois anos. Suas conclusões são baseadas nas respostas de 279 investidores de impacto em todo mundo, 109 dos quais participaram de ambas as edições. O atual relatório se aprofunda nas maneiras como investidores descrevem os seus objetivos e as suas motivações, bem como as suas estratégias para compreender e aprimorar o seu impacto, processos para responsabilizar a si mesmos e às empresas investidas (accountability) e outros aspectos das práticas de IMM.
A principal conclusão da pesquisa é que há um consenso entre investidores de impacto de que o IMM é fundamental e imperativo e reforça que os investidores estão focados em maximizar o impacto gerado.
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Com informações do GIIN e do Notícias de Impacto.